Decisão da UFMT de cortar insalubridade no HOVET gera críticas de técnicos e docentes
Um problema já vivenciado pelos trabalhadores técnico-administrativos da UFMT, lotados no Hospital Veterinário da instituição, agora está gerando protesto dos professores. Devido ao processo de revisão dos laudos insalubridade do local, que na prática é uma estratégia para reduzir o benefício dos trabalhadores, o atendimento no Hovet foi suspenso desde quarta-feira (03.05).
“A justificativa apresentada nos novos laudos de insalubridade é que os professores não necessitam dos atuais percentuais de insalubridade já que sua função principal é dar aula e não fazer o atendimento, fazer as aulas dentro do hospital. Dessa forma, eles decidiram manter apenas o atendimento interno”, destacou a coordenadora administrativa da Sintuf, Marilin Castro. O Sintuf segue cobrando a Reitoria por uma revisão dos laudos de insalubridade.
O processo de revisão já havia sido feito e implantado para os trabalhadores técnico-administrativos. “Nós tivemos nosso adicional reduzido, e em alguns casos, totalmente cortado. É um absurdo, já que trabalhamos em um ambiente com doenças altamente contagiosas e perigosas. Na semana passada por exemplo, lidamos com a raiva humana. Trabalhar no Hovet é colocar a saúde em risco não apenas do técnico, mas dos seus familiares também”.
Em comunicado oficial, a FAVET informou que, para não prejudicar a carga horária semanal dos médicos veterinários residentes, técnicos administrativos e prestadores de serviços terceirizados, mas principalmente pela saúde dos pacientes, o atendimento aos animais já internados será mantido, bem como será permitida a alta dos pacientes, caso necessário.
O Sintuf-MT reivindica que a reitoria reveja a decisão de cortar o auxílio insalubridade dos servidores e que sejam tomadas medidas para garantir o pleno funcionamento do HOVET, de forma a atender às demandas da comunidade cuiabana e garantir o direito à saúde dos animais atendidos na instituição.