Trabalhadores da UFMT aprovam Estado Permanente de Mobilização
Os trabalhadores técnico-administrativos da UFMT aprovaram nesta terça-feira (29.08) entrar em ‘Estado Permanente de Mobilização’. Durante assembleia geral da categoria, esta é uma forma de manter a pressão junto ao Governo Federal para que as negociações da carreira avancem. Após anos de congelamento salarial, os trabalhadores lutam pela recomposição inflacionária.
“Nacionalmente estamos mobilizados para dar força aos nossos representantes junto ao Governo Federal. Temos uma mesa de negociação aberta, onde voltamos a ser ouvidos, onde patrão e trabalhador tentam encontrar soluções para os impasses”, destacou a coordenadora geral do Sintuf, Luzia Melo.
Durante a análise de conjuntura, o economista e diretor de formação sindical do Sintuf, Silvio Santos Cardoso, fez um debate sobre os motivos que levaram o movimento sindical a não ter um enfrentamento massivo contra o governo Bolsonaro. “Esse é um momento da retomada da luta. Existem muitas críticas de porque o movimento sindical deixou de fazer greve no governo Bolsonaro. É preciso deixar claro que a real possibilidade de fazer luta foi sendo suplantada dia após dia no governo anterior. O movimento não fez greve porque estava lutando para sobreviver!”.
Ele lembrou dos ataques contra a constituição. “Era um período de exceção. No governo Bolsonaro a primeira ação durante qualquer greve era o corte de ponto, era uma política repressora que não respeitava o direito do trabalhador em se organizar para reivindicar seus direitos. Era um ataque atrás do outro. Hoje temos a possibilidade de decidir se fazemos ou não greve. Só conseguimos fazer greve quando o direito é respeitado, quando a legislação é cumprida. Greve é um direito previsto quando não há outra alternativa para o trabalhador fazer valer seus direitos”.
Outro ponto destacado nessa discussão foi o isolamento social. “Todos os dias somos cobrados porque não foi feita greve no governo Bolsonaro. Como fazer greve durante a pandemia? Distribuímos máscaras, álcool em gel, fizemos lives, protestos virtuais, ou seja, o que estava em nosso alcance. Naquele momento lutamos para liberar o trabalhador para ter o teletrabalho, para garantir o uso de máscaras dentro da UFMT. O importante agora é nos mantermos mobilizados. Precisamos aumentar a presença nas assembleias. Eu sempre falei, greve têm o seu momento correto”, destacou o também coordenador geral do Sintuf, Antônio Benedito Assunção.
Confira a Assembleia Geral na íntegra logo abaixo:
